VOCABULÁRIO ESSENCIAL SOBRE FORMIGAS – PARTE 1
Ciclo de vida, alimentação e relações ecológicas das formigas
As formigas estão entre os organismos mais influentes da Terra, moldando ecossistemas através das suas sociedades complexas, dietas diversificadas e interações intrincadas com outras espécies. Compreender o vocabulário usado para descrever a biologia e o comportamento das formigas é essencial para apreciar como esses pequenos insetos desempenham papéis ecológicos tão importantes. O vocabulário essencial sobre formigas – Parte 1 não pretende ser exaustivo; em vez disso, estabelece os conceitos fundamentais relacionados com o ciclo de vida das formigas, estratégias alimentares e relações ecológicas, fornecendo as bases essenciais sobre as quais se podem construir explorações mais profundas e discussões futuras.
1. Ovo
Os ovos das formigas são pequenos, ovais ou arredondados e translúcidos. Representam a primeira fase do desenvolvimento e são postos pela rainha.
2. Larva
As larvas eclodem dos ovos e parecem pequenos vermes sem pernas. Elas dependem totalmente das operárias para se alimentarem.
3. Pupa
A pupa é a fase de transição durante a qual a formiga passa por uma metamorfose até se tornar adulta.
4. Pupa nua
Algumas espécies produzem pupas sem casulo. Estas são chamadas de pupas nuas.
5. Pupa Instar
Uma pupa instar refere-se a uma pupa que está a aproximar-se do fim da metamorfose, quando as características adultas se tornam claramente visíveis.
6. Ovo trófico
Os ovos tróficos são ovos inviáveis postos como fonte de alimento, frequentemente usados pelas rainhas fundadoras para alimentar a primeira geração de operárias.
7. Trofalaxia
Trofalaxia é a troca boca a boca de alimentos líquidos entre formigas. Permite que os nutrientes circulem por toda a colónia. Também permite que sinais químicos passem de uma antena de formiga para outra.
8. Trofobiosis
Trofobiosis descreve uma relação mutualística entre formigas e outros insetos, como pulgões, em que as formigas recebem secreções açucaradas em troca de proteção.
9. Mirmecocoria
A mirmecocoria é a dispersão de sementes por formigas. Ao transportar sementes, as formigas desempenham um papel ecológico fundamental na reprodução das plantas. As espécies pertencentes ao género Messor são as campeãs na dispersão de sementes.
10. Mutualismo fundamental
Quando um ecossistema depende fortemente de interações mediadas por formigas, como a dispersão de sementes, essa relação é considerada um mutualismo fundamental. Um exemplo clássico de mutualismo fundamental ocorre nas savanas africanas, onde as árvores Acacia formam parcerias com formigas como Crematogaster mimosae. As árvores fornecem abrigo e alimento, enquanto as formigas as defendem ferozmente contra herbívoros. Remova as formigas e o sistema entra em colapso: a sobrevivência das acácias diminui e toda a comunidade vegetal é remodelada.
11. Mutualismo
O mutualismo é uma interação biológica entre duas espécies diferentes na qual ambos os parceiros beneficiam. Nas formigas, um exemplo clássico é a relação entre formigas e pulgões: as formigas protegem os pulgões dos predadores e, em troca, os pulgões fornecem secreções açucaradas (melada). O mutualismo pode ser facultativo (benéfico, mas não essencial) ou obrigatório (necessário para a sobrevivência).
12. Parasitismo
O parasitismo é uma relação em que um organismo beneficia-se às custas do outro. O parasita obtém alimento, abrigo ou oportunidades de reprodução, enquanto o hospedeiro é prejudicado, embora geralmente não seja morto imediatamente. Nas formigas, as espécies parasitas podem explorar a força de trabalho de outra colónia, contando com as formigas hospedeiras para criar a sua prole.
13. Comensalismo
Comensalismo é uma interação em que uma espécie beneficia-se, enquanto a outra não é prejudicada nem favorecida. Alguns artrópodes vivem dentro de formigueiros, alimentando-se de resíduos ou desfrutando de proteção sem afetar as próprias formigas.
Visão geral das relações ecológicas comuns entre espécies
A tabela abaixo resume três tipos fundamentais de interações ecológicas que moldam a forma como as espécies coexistem e influenciam-se mutuamente nos ecossistemas. Ao comparar os efeitos em cada espécie participante, ela fornece uma estrutura visual clara para compreender se as interações são benéficas, neutras ou prejudiciais. Essas relações (que variam de parcerias mutuamente vantajosas a exploração unilateral) são fundamentais para a dinâmica ecológica, afetando a estabilidade populacional, a estrutura comunitária e as trajetórias evolutivas em todo o mundo natural.
| Tipo de relação | Espécie A | Espécie B | Descrição |
|---|---|---|---|
| Mutualismo | + | + | Ambas as espécies beneficiam da interação |
| Comensalismo | + | 0 | Uma espécie beneficia-se enquanto a outra não é afetada |
| Parasitismo | + | − | Uma espécie beneficia-se às custas da outra |
Lenda
- + = efeito positivo
- − = efeito negativo
- 0 = neutro (sem efeito mensurável)

